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CONTEXTO

A bacia hidrográfica do Rio Paraopeba, está inserida no contexto do Alto rio São Francisco. Com uma área aproximada de 13.600 km², correspondente a 2,5% da área total do estado de Minas Gerais, representando a Unidade de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos (UPGRH) SF3.

O Rio Paraopeba é um dos mais importantes tributários do Rio São Francisco, percorrendo aproximadamente 510 quilômetros até a sua foz, no lago da represa de Três Marias (IGAM, 2014). Suas nascentes localizam-se ao sul do município de Cristiano Otoni e têm como seus principais afluentes os Rios Águas Claras, Macaúbas, Betim, Camapuã e Manso.

 

Quanto aos aspectos fisiográficos da bacia, destaca-se por ser uma área de transição entre Cerrado e Mata Atlântica e abrigando diversas espécies da fauna e flora, algumas já ameaçadas de extinção. É possível ainda encontrar na bacia Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs), Unidades de Conservação como o Parque Estadual da Serra do Rola Moça e ainda outras reservas ambientais como a Gruta Rei do Mato, em Sete Lagoas, e área de proteção ambiental Vargem das Flores, em Contagem (CIBAPAR, 2008).

 

A UPGRH SF3 intercepta 48 municípios, a saber: Belo Vale, Betim, Bonfim, Brumadinho, Cachoeira da Prata, Caetanópolis, Casa Grande, Congonhas, Conselheiro Lafaiete, Contagem, Cristiano Otoni, Crucilândia, Curvelo, Desterro de Entre Rios, Entre Rios de Minas, Esmeraldas, Felixlândia, Florestal, Fortuna de Minas, Ibirité, Igarapé, Inhaúma, Itatiaiuçu, Itaúna, Itaverava, Jeceaba, Juatuba, Lagoa Dourada, Maravilhas, Mario Campos, Mateus Leme, Moeda, Ouro Branco, Ouro Preto, Papagaios, Pará de Minas, Paraopeba, Pequi, Piedade dos Gerais, Pompéu, Queluzito, Resende Costa, Rio Manso, São Brás do Suaçuí, São Joaquim de Bicas, São José da Varginha, Sarzedo, Sete Lagoas. Com uma população aproximada de 2,8 milhões de pessoas, cerca de 2,0 milhões estão inseridos na bacia (MATOS & DIAS, 2011).

 

A Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba é de extrema relevância no âmbito do abastecimento público de água, pois é responsável pelo fornecimento de, aproximadamente, 53% da população da região metropolitana de Belo Horizonte – RMBH, por meio dos sistemas Várzea das Flores, Serra Azul e Rio Manso (CBH-Paraopeba, 2011).

 

Das atividades econômicas instaladas na bacia são destaque a exploração mineral, siderurgias, indústria petroquímica e automobilística, produção de bebidas, serviços, geração hidrelétrica, pecuária e agricultura. Notadamente, na região do Alto Paraopeba, há um grande volume de investimentos nos setores minerário e siderúrgico, que nos últimos anos contribuíram fortemente para a economia da região. Por isso, é fundamental estabelecer medidas que equilibrem a  atividade econômica, geradora de empregos e impostos, e o abastecimento humano e a preservação das águas. Nesses seis anos, até o momento, não há registro de melhora nessa situação.

 

Até o ano de 2011, os principais responsáveis pela degradação das águas são os lançamentos de esgotos municipais e de esgotos industriais, além do uso e ocupação inadequados do solo nas áreas urbana e rural, notadamente no que diz respeito a ausência ou insuficiência de cobertura vegetal. O somatório das cargas orgânicas e inorgânicas ultrapassa, em muito, a capacidade natural de assimilação e autodepuração do Rio Paraopeba e de alguns de seus afluentes (FEAM, 2011).

 

Um grande desafio para a gestão da bacia é a compatibilização do uso do solo, e seus consequentes impactos sobre a qualidade das águas, e a garantia de padrões de qualidade para uso do abastecimento publico. Outro desafio é o conhecimento sobre as interferências das atividades minerárias principalmente aquelas desenvolvidas no Alto e Médio Paraopeba sobre a disponibilidade hídrica dos mananciais e proteção dos aquíferos

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